Feliz Dia
das Crianças
Queremos oferecer para os nossos
filhos e filhas tudo àquilo que não tivemos na nossa infância. Mas nos
esquecemos de oferecer a eles o mais importante que tivemos: infância! Não os
deixamos serem crianças como devem ser.
Há duas ou três décadas atrás as
crianças eram crianças. Podiam correr, gritar, pular, subir em árvores, ralar o
joelho e chorar mais pelo curativo do que pelo machucado. Tinham as bochechas
coradas, pele hidratada pela luz do sol, energia de vida e muita disposição para
brincar. Eram mais inocentes.
Hoje, com a geração considerada
“nativa-tecnológica”, quem ousa fazer diferente como seus pais faziam em suas
infâncias, fica deslocado, é taxado de careta e sofre o famoso Bullying. E,
infelizmente, se não se adequarem, ficam para trás, podem perder, inclusive,
oportunidades no futuro mercado de trabalho e da vida por falta de desempenho
contemporâneo.
Acreditem, existem muitas
crianças que nunca subiram uma pipa ou jogaram um simples pião no chão.
Carrinho de rolimã nem pensar! Brincar de corda, só se for atleta. É!!! A safra
de novos adultos que vão se formar não terá o prazer de saber o que é ficar em
volta de uma roda de amigos, sem tecnologia, sem um simples celular ou vídeo
game, apenas jogando conversa adentro, com causos e fatos (muitas vezes
improvisados) que arrancavam medo ou risadas prolongadas.
Cabe aos pais destes novos
prodígios intervir enquanto há tempo e lhes presentear com o que há de melhor
em si: suas crianças internas, que vivem em seus corações e alma, e lhes doarem
a nostalgia e alegria vividas com atividades lúdicas e de baixo custo.
Repensem seus conceitos e
reflitam sobre as reais necessidades de seus filhos. Garanto que uma
brincadeira entre família é muito mais legal, desestressante e cativante do que
um Tablet, Celular ou qualquer outro produto que afaste seu
filho de você.
Feliz dia das Crianças para a
criança que vive em você!
Confira algumas dicas que se pode
fazer com as crianças:
- Colocar uma música legal, que
todos curtam (infantil ou de outro gênero) e dançar, rir e cantar em grupo. Sem
medo de que alguém esteja olhando torto ou julgando sua forma esquisita de
balançar o esqueleto.
- Brincar de jogar bexiga e quem
derrubar tem de contar uma piada, mesmo que sem graça.
- Brincar de “Stop”, que consiste em eleger uma silaba
e um tema. Todos devem escrever o mais rápido possível e quem terminar primeiro
grita “Stop”, àqueles que mais acertarem, ganha na vez.
- Brincar de boneca ou carrinho
com as crianças, por 10 minutos, uma, duas ou mais vezes na semana.
- Fazer chocalhos de embalagens
de yogurts, leites fermentados e vasilhames de doces com diferentes grãos
(arroz, feijão, milho, etc). Depois chacoalhar e ver quais sons fazem.
- Invente a sua brincadeira,
renove seus pensamentos e se divirta. A vida é muito curta para não aproveitar
a infância e as coisas boas que ela proporciona.
Por Carina Gonçalves, Jornalista, mãe do Gabriel de 5 anos e da Alice
de 1 ano e meio. Sempre que pode, ela brinca com os filhos, faz baladinhas
infantis com direito a globo iluminado, estrobos, bagunça e muitas gargalhadas
entre eles e com convidados, sem gastar muito, apenas com a vontade de ser
feliz e de fazer o outro feliz.