Choro excessivo em bebês e seus motivos
Muitos pais quase enlouquecem nos primeiros meses de vida de seus filhos por conta do choro excessivo e ficam sem saber o que fazer para amenizar os possíveis problemas
Por Dra. Priscila Zanotti Stagliorio
Geralmente quando os pais levam seus filhos nas consultas com a (o) pediatra chegam lá com muitas dúvidas. Uma delas, considerada como recorrente e que desperta a ansiedade deles, está relacionada ao choro dos bebês e os seus motivos não identificados. Também, é comum observarmos a exaustão e sofrimento tanto da criança como de quem cuida dela quando esse choro é excessivo e provoca verdadeiros dramas familiares. Muitas pessoas que estão lendo este texto, certamente, vão se identificar, pois não é fácil lidar com situações que testam o nosso limite e nos provocam sensações de fracasso como, por exemplo, não poder fazer nada de imediato para sessar o choro, a dor e ou a angústia de um bebê. Vou tentar explicar de maneira simples um pouco mais sobre este tema para acalmar o coração de pais e familiares aflitos.
Sobre o choro:
O choro é uma maneira de comunicação entre a criança e seus cuidadores. Ele indica quando o bebê está com fome, frio, calor, cólica ou algo lhe incomoda, por exemplo. É comum nos três primeiros meses de vida do lactante e podem durar até três horas seguidas. Mas, quando se apresenta de maneira excessiva, com quadros recorrentes durante o dia e ou a noite, por dias seguidos, é bom investigar quais são os reais motivos da aflição.
Podemos classificar os motivos do choro em três categorias: a primeira considerada normal/fisiológico; a segunda como excessivo, secundário a um desconforto ou doença; e por último, a terceira como sem uma causa aparente, podendo ser classificadas como cólicas. Em todas as situações, sempre é importante a avaliação do pediatra para indicar o melhor tratamento.
As causas mais comuns de choro excessivo podem ser:
- Cólicas: acontece sem motivo aparente e em bebês saudáveis, com ganho de peso normal;
- Infecções: otite média, infecção urinária e meningite;
- Gastrointestinais: refluxo, constipação, intolerância a lactose ou alergia ao leite de vaca;
- Comportamental/ Interacional: estimulação excessiva, falta de rotina, distúrbio do vínculo afetivo;
- Reações a drogas: reações a vacinas, as drogas que foram usadas na gestação (narcóticos);
- Violência/ abuso: fraturas de ossos longos, hemorragia ocular e hemorragia intracraniana;
- Hematológico: crise hemolítica – anemia falciforme;
- Cardiovascular: taquiarritmia, insuficiência cardíaca congestiva.
Sobre o atendimento:
Você sabia que cerca de 20% das consultas pediátricas, durante os três primeiros meses de vida do bebê, estão relacionadas ao choro excessivo. Alguns desses atendimentos acontecem no pronto socorro pediátrico e ou no consultório com a (o) pediatra de confiança. O mais importante, antes de levar o bebê para uma observação, é verificar se o que provoca o choro está relacionado aos estímulos externos, fome, sono ou dor. A partir de uma possibilidade entre em contato (o mais rápido possível) com a sua médica para receber orientações de cuidados imediatos. Após, caso seja necessário, leve a criança ao pronto socorro e lembre-se que lá, além de bactérias, seu filho estará exposto a outras doencinhas e por isso a primeira ação deve ser (sempre) de falar com a (o) pediatra.
Como lidar:
Sem saber como lidar com a situação do choro excessivo e não conseguir identificar se é de cólica, fome ou qualquer outro motivo, alguns pais e cuidadores optam por automedicar seus bebês com analgésicos, sedativos e antigases. Isso não é recomendado e pode ser até perigoso.
Na literatura médica já existem estudos que revelam a quantidade de choro por hora e idade do bebê. Por exemplo, a média de choro em lactantes de duas semanas chega a ser de 1h e 45 minutos. Com seis semanas pode chegar a 2h e 45 minutos e com 12 semanas já pode diminuir para até uma hora. Em todas, as crises de choro são comuns no fim da tarde e à noite e são mais frequentes entre 3 e 6 semanas de idade.
Dicas:
Antes de sair correndo de casa pedindo ajuda, tente identificar os motivos iniciais do choro do seu bebê. Se, ainda, após a verificação de todos os motivos possíveis (fome, sono, cansaço e ou desconforto com roupa e fraldas) ele continuar chorando, vale a pena ligar ou mandar mensagem para a pediatra de confiança e pedir auxílio. No caso de outros sintomas mais agravantes como febre, vomito e ou estado apático (quando a criança não está em suas condições normais de atividades e de alimentação), por exemplo, procure um pronto socorro.
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Sobre Dra. Priscila Zanotti Stagliorio
É médica pediatra há mais de dez anos, atua na zona norte de São Paulo, em consultório particular, no Pronto Socorro do Hospital São Camilo – unidade Santana, e na rede Dr. Consulta – unidades Tucuruvi e Santana. Em seu currículo possui diversas participações em congressos, cursos de especialização e atuações em prontos socorros, clinicas e ambulatórios médicos da grande São Paulo – Capital. Oferece curso personalizado para gestantes, com o objetivo de ajuda-las na mais importante missão de suas vidas: ser mãe. Para solicitar informações sobre o curso de gestante: priscilazs@yahoo.com.br / pediatraonlinetirasuaduvida@gmail.com / contato@jcgcomunicacao.com - coloque no assunto a informação que deseja saber e ou solicitar. Consultório: Av. Leôncio de Magalhães, 395, Santana- SP / 11- 2977-8697.
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Colaboração textual:
Agência Informação Escrita / Agência JCG Comunicação e MKT
Jornalista Carina Gonçalves
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