Ranger os dentes pode ser indicativo
de outros problemas de
saúde
A avaliação de especialistas é importante
para o diagnóstico precoce
Competição no
trabalho, rotina apertada, filhos, atividades que não tem fim e cobranças
diárias (inclusive de si mesmo) são alguns dos fatores que colocam a prova o
ânimo e resistência emocional de qualquer um. Não é fácil! É necessário ter
perseverança para driblar os “leões” diários, assim como é importante saber
lidar com sentimentos relacionados a ansiedade, depressão e tristeza, inerentes
ao ser humano e passível de ocorrer a qualquer momento.
Como consequência, além de problemas de saúde, é comum as
pessoas desenvolverem hábitos e ou “tiques nervosos” voluntários e
involuntários como bruxismo e briquismo. A diferença entre eles está no momento
em que acontece. O bruxismo, termo muito conhecido, é praticado
involuntariamente durante o sono, no qual a pessoa tende a ranger os dentes e
ou apertá-los provocando pressão na mandíbula e maxilar, resultando em dores de
cabeça e fadiga facial no dia seguinte, além do desgaste dental. Já o briquismo
acontece durante o dia, quando o indivíduo está acordado e pratica os mesmos
atos semi-voluntariamente. “Trata-se de um distúrbio psicossocial, ao qual
tende a acontecer em situações de risco, pressão e medo”, comenta Marcelo
Fardin – Professor e Mestre em Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgião e
Traumatologista Buco Maxilo Facial e Estomatologista.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o bruxismo/briquismo é presente em cerca de 30% da população mundial. No Brasil este número é maior, chega aos 40% e atinge homens e mulheres de diferentes faixas etárias, incluindo as crianças. As causas ainda são indefinidas segundo a ciência e estão relacionadas a fatores psicológicos, hereditários, genéticos e fisiopatológicos.
Na fase adulta, o problema tende a ser diagnosticado
tardiamente. De acordo com Fardin, pode ser indicativo de doenças da
articulação temporomandibular (ATM), uma vez que causam fadiga facial,
dificuldade em abrir ou fechar a boca, assim como perceber estalos, dor de
cabeça sem fins neurológicos, entre outros sintomas como desgaste dos dentes. “É importante o diagnóstico precoce, de
preferência do buco maxilo facial, para avaliar todas as condições e possíveis
variáveis que levam o paciente a desenvolver o bruxismo, em qualquer idade, e após
considerar o melhor tratamento a ser aplicado”, ressalta Fardin.
Na infância, o problema não pode ser considerado como nos
adultos, pois não está relacionado somente ao estresse e ansiedade. Segundo
Kelly C. O. Fardin, as crianças são suscetíveis a ranger os dentes por conta da
“disputa” de espaço entre os dentes de leite e os permanentes e tendem a parar
entre os seis e sete anos de idade. Antigamente associava-se o bruxismo/briquismo
com patologias verminosas (vermes), mas esse mito foi descartado. “Pode-se dizer
que existam gatilhos de curta ou longa duração, que inclui mudança de rotina ou
vivência de momentos difíceis como a separação dos pais, troca de escola,
bullying e medos ocasionais. O mais importante, quando os pais identificarem o
distúrbio – noturno ou diurno – é levar a criança para o especialista avaliar e
indicar se será necessário a intervenção com o uso de plaquinhas e ou aparelhos
ortodônticos”, finaliza Kelly.
Entenda melhor:
O que é: é caracterizado pelo ranger e ou apertar dos
dentes, sem um propósito funcional como, por exemplo, mastigar, e produz
contrações rítmicas dos músculos da mandíbula, geralmente de maneira
inconsciente durante a vigília ou sono.
Causas: diversos fatores podem desencadear o bruxismo, que vão de distúrbios
fisiológicos, neurológicos e dentários. Também estão associados problemas
psicológicos como estresse, ansiedade, raiva e frustração. Acometem crianças e
adultos.
Identificação
do distúrbio e sintomas: muito comum na infância, tende a desaparecer na
adolescência, porém, é necessário acompanhamento médico e de um de Buco Maxilo Facial para solucionar o problema em qualquer faixa etária. Não
se caracteriza como um transtorno perigoso, mas necessita de atenção para não
evoluir pera outros prognósticos como problemas com a articulação
temporomandibular (ATM), dores na face, dores de cabeça tensionais e ou danificação
dos dentes (ficam achatados, fraturados, lascados e soltos). Outros sintomas
como aumento da sensibilidade dentária, esmalte do dente desgastado e, ao
ranger os dentes são muito comuns.
Diagnóstico e possíveis
tratamentos: o buco maxilo facial é um dos profissionais aptos para diagnosticar e
tratar problemas de bruxismo, que pode, inclusive, indicar um tratamento eficaz
por meio do uso de aparelhos e ou placas de proteção – com uso diurno e
noturno. Ao menor sinal, seja em crianças ou adultos, procure o especialista buco maxilo facial para uma avaliação precisa e indicação de solução eficaz.
Entrevistados:
Prof.
Dr. Marcelo Fardin - CRO: 49423
Mestre
em Cirurgia de Cabeça e Pescoço; Cirurgião e Traumatologista Buco Maxilo
Facial; e Estomatologista.
Facebook
e Instagram: @doutormarcelofardin
Dra.
Kelly C. O. Fardin – CRM:113845
Pediatra e Puericultura
Facebook:
@levepediatria / Instagram: Dra.Kelly_levepediatria
Clínica
Fardin – www.clinicafardin.com.br
Rua Voluntários da Pátria, 2128 – Sala 11 – Santana – SP
Fones: 11-2283-3865
/ 11-2959-3554
Rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 229 - Conj. 508 -
Itaim – SP
Fones: 11-3459-4135 / 11-3459-4136
Contribuição
Textual:
Jornalista Carina Gonçalves - MTB 48326
Jornalista Carina Gonçalves - MTB 48326
11-4113-6820 / 11-98092-6021
carinacgoncalves@gmail.com