Dentes do Siso
Por Prof. Dr. Marcelo Fardin - CRO: 49423
O dente do siso ou do “juízo”, como é conhecido no dito
popular, é um dos assuntos temidos entre os pacientes, especialmente pelo
receio de sua extração. Na linguagem odontológica, eles são conhecidos como os
terceiros molares. Não há problemas em deixá-los na boca desde que não
impliquem em alterações ósseas e ou infecções na gengiva, dentes adjacentes e
saúde do paciente. O mito sobre a dor e a retirada deles deve deixar de ser um
tabu. Vou falar um pouco mais sobre este tema e como o buco maxilo facial pode
contribuir para retirá-los sem complicações.
Entenda o que são os dentes do Siso:
Chamados de terceiros molares, os dentes do siso são os
últimos a se desenvolverem e, em geral, são quatro, um em cada lado na arcada
dentária – parte superior e inferior. O seu surgimento se dá durante a
adolescência – entre 16 e 20 anos – e, também, após, na fase adulta. Antigamente,
nos primórdios da humanidade, o siso tinha como função ajudar na mastigação de
raízes, nozes e carnes cruas, tanto que os maxilares eram maiores para
adequá-los. Atualmente, com as dietas cada vez mais pastosas, moles e ou de
fácil digestão, o corpo humano (mutação natural) tratou de deixá-los
“esquecidos” e, com isso, promover sua ineficiência e indicação para extração. Em
outras palavras, eles são herança de nossos ancestrais, mas não possuem
funcionalidade nos dias atuais, tanto que quando nascem, estão inclinados e ou
empurram os demais provocando traumas e riscos aos dentes vizinhos. Existem
casos de pessoas que não os possuem, são felizardas.
Por que extrair os dentes do Siso:
Como mencionado, não há espaço suficiente na arcada
dentária e, por conta disso, os dentes do siso tendem a malformação e
apinhamento (entortar) dos demais dentes, ocasionando dor, infecções e a
necessidade de retirá-los o quanto antes. No entanto, culturalmente, as pessoas
ficam com receio e preferem aguardar até o dia em que apareçam os problemas
relacionados eles, como infecções severas na gengiva, osso e redirecionamento
dos demais dentes, promovendo diversas situações desagradáveis ao paciente.
Infelizmente mantê-los é um ledo engano, pois a melhor
época para retirá-los é na adolescência, quando ainda não estão totalmente “grudados”
ao osso do maxilar. Após os 30 anos, é recomendado a extração com o buco maxilo
facial, cujo profissional é capacitado para diagnosticar, tratar e corrigir
problemas ortognáticos (oclusão dentária – compromete a mordida e mastigação),
inflamatórios, entre outros relacionados ao siso, que vão muito além de dentes
tortos.
Entre outros motivos para a extração estão: alterações na
mordida e, também, na fala por conta da presença dos sisos, infecções bucais
recorrentes na região, obstrução do nascimento de outros dentes pela falta de
espaço e ou por estarem mal posicionados dentro do maxilar, contato do siso com
a raiz dos segundos molares promovendo dor e possibilidade de tratamentos mais
complexos no futuro, assim como dores em outras regiões da face, mandíbula e
ouvidos sendo descartados outras patologias.
Quando procurar o Cirurgião Buco Maxilo
Facial:
O melhor momento para procurar o buco maxilo facial é
antes de sentir dores e ou apresentar problemas como infecções, oclusão dos
demais dentes, entre outros sintomas. Ou seja, a partir do momento em que
apontam os dentes do siso, seja na adolescência ou fase adulta, é importante
procurar o profissional para uma avaliação precisa e, quando necessário, ele
indicará a sua extração ou não.
O medo da dor é uma das causas tardias na procura pela
extração e até mesmo diagnóstico dos pacientes. Com isso, os problemas tendem a
ficar maiores. Assim que perceber o novo membro na sua boca, agende uma
consulta para esclarecer dúvidas. Vale a penas prevenir do que “remediar”.
Considerações finais:
Vale lembrar que a limpeza dos dentes do siso também é
mais limitada, pois eles se encontram em áreas com pouco espaço e de difícil
acesso, acumulando sujeira e possíveis bactérias. Inclusive, os dentes do siso,
quando não retirados, são os grandes “vilões” ou, pelo menos, a porta de
entrada para o aparecimento de outras doenças como, por exemplo, neurológicas e
cardiológicas relacionadas a germes oriundos de infecções bucais. Portanto,
faça uma avaliação com o buco maxilo facial antes de ter problemas. A saúde
bucal também precisa de prevenção!
Sobre Marcelo Fardin: é Mestre em Cirurgia de Cabeça e Pescoço;
Cirurgião e Traumatologista Buco Maxilo Facial; e Estomatologista. Opera nos
mais renomados hospitais de São Paulo e do Brasil. Atende no seu consultório
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– SP - 11-2283-3865 / 11-2959-3554 / e Rua Dr. Alceu de Campos Rodrigues, 229 -
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Texto: Prof. Dr. Marcelo Fardin - CRO: 49423
Mestre
em Cirurgia de Cabeça e Pescoço; Cirurgião e Traumatologista Buco Maxilo
Facial; e Estomatologista.
Contribuição Textual:
Jornalista Carina Gonçalves – MTB
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