ARTE – Substantivo Feminino traz o mito da negra Anastácia em Oju Orum,
espetáculo infanto juvenil, com o Coletivo Quizumba, no Sesc Belenzinho
espetáculo infanto juvenil, com o Coletivo Quizumba, no Sesc Belenzinho
Figura 1
Cena do espetáculo Oju Orum - Foto de Alicia Peres
Em cena, elementos da
cultura africana e afro-brasileira - a capoeira
angola, o samba, o funk e as narrativas orais – como base da pesquisa do
espetáculo.
Quatro mulheres (Anastácia, Alice, Alzira e Anita) em
períodos históricos distintos. Em comum, o fato de serem pessoas que, em algum
momento das trajetórias, sofreram algum tipo de violência, seja ela simbólica
ou não. Com esse mote e direção de Johana Albuquerque, o Coletivo Quizumba faz OJU ORUM, que
se apresenta no projeto ARTE – Substantivo Feminino, no Sesc Belenzinho de 24 a 27 de março de 2016. O espetáculo é resultado do projeto Santas de Casa Também Fazem Milagres, contemplado
com a Lei de Fomento da Cidade de São Paulo, em sua 25ª edição.
Tendo
como elemento disparador o mito da negra Anastácia, o espetáculo Oju Orum apresenta a história de quatro
mulheres, em espaços e tempos distintos e simultâneos. Suas narrativas expõem,
simbolicamente, os discursos de poder que estão por trás da construção de
gêneros. Caladas nas falas e corpos, essas quatro jovens procuram construir uma
voz que lhes permita questionar e ressignificar suas vidas.
A direção de Johana Albuquerque é focada no público jovem e
tem como base de pesquisa elementos da cultura africana e afro-brasileira, tais
como a capoeira angola, o samba, o funk e as narrativas orais. A pesquisa para
a dramaturgia desse espetáculo surgiu das muitas versões da história da negra
Anastácia (Oju Orum, originalmente), trazida ao Brasil como escrava.
A
peça não pretende trazer uma versão da mulher somente como vítima, e sim como
ser histórico, sujeito e objeto dessas situações, trazendo à tona histórias de
mulheres comuns, as vivências, experiências e lutas.
Uma
busca por contar outras narrativas que vão para além da história hegemônica que
impõe, em geral, a perspectiva masculina, heteronormativa, adulta, branca,
urbana. É pela força do questionamento que acreditam também no poder de um
teatro voltado para juventude e na cultura afro como disparadores éticos e
estéticos.
Histórico –
Coletivo Quizumba
Fundado em 2008, o
Coletivo Quizumba sempre teve as pesquisas pautadas pela cultura
afro-brasileira. Os experimentos narrativos iniciaram-se em 2009 e, em 2010, com
a estreia do primeiro espetáculo: Quizumba!,
contemplado com o Edital ProAC de Montagem de Espetáculo Inédito, da Secretaria
do Estado da Cultura de São Paulo.
Em 2012, a partir
do estudo sobre a figura do Griot e dos narradores da cultura popular, o grupo
estreou Cantos de Aiyê, baseado em
contos oriundos de diversos povos do continente africano. Na sequência, em
2013, nasceu o projeto Toguna:
narrativas afro-brasileiras.
Contemplado com o
Edital ProAC Ocupação de Bibliotecas, ainda em 2013, o coletivo realizou, na Biblioteca
Municipal Paulo Duarte, espaço temático especializado em cultura
afro-brasileira, um projeto que envolveu apresentações teatrais, shows
musicais, mesas de debate, oficinas artísticas, exposições e um sarau. Todas as
ações envolveram a comunidade da região do Jabaquara (Zona Sul de São Paulo).
O repertório do
Coletivo Quizumba foi apresentado em espaços variados, por diversas cidades do
país. Além da capital paulista, já estiveram em Santo André, São Bernardo do
Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Sorocaba, Campinas, Salto de Pirapora,
Lins, Goiânia - GO e Salvador - BA.
ARTE –
Substantivo Feminino
O ARTE – Substantivo Feminino põe luz na mulher, como foco principal de
obras escolhidas por trazerem temáticas relevantes e de diferentes pontos
de vista sobre o feminino. A ideia é abordar a mulher nas artes, tanto no conteúdo das obras – suas lutas em
batalhas, dentro da história e da sociedade –, quanto na gestão e criação dos trabalhos.
Ficha
técnica
Dramaturgia - Tadeu
Renato
Encenação - Johana
Albuquerque
Co-Direção - Sofia
Botelho
Elenco - Camila
Andrade, Jefferson Matias, Kenan Bernardes, Thais Dias e Valéria Rocha Músicos - Bel Borges e Melvin Santhana
Direção e
Concepção Musical - Jonathan Silva
Preparadora
Musical - Bel Borges
Direção em
Dança - Verônica Santos
Treinamento
Em Capoeira Angola - Pedro Peu
Cenário - Julio
Dojcsar - Casa Da Lapa
Figurinos - Éder
Lopes
Iluminação - Wagner
Antonio
Operador de
Luz - André Rodrigues
Brincante
(Adereços) - Cleydson Catarina
Visagista - Ariane
Molina
Documentarista - Alicia
Peres
Designer
Gráfico - Murilo Thaveira - Casa Da Lapa
Produção - Coletivo
Quizumba
TEATRO INFANTO
JUVENIL
OJU ORUM
De 24 a 27 de março de 2016, quinta-feira, às 19h, e sábado e domingo, às
17h.
*sexta-feira não haverá apresentação
Tendo como elemento
disparador o mito da negra Anastácia, o espetáculo apresenta a história dessas
quatro mulheres, em espaços e tempos distintos e simultâneos. Suas narrativas
expõem, simbolicamente, os discursos de poder que estão por trás da construção
de gêneros. Caladas em suas falas e corpos, essas jovens procuram construir uma
voz que lhes permita questionar e ressignificar suas vidas. A obra não pretende
trazer uma versão da mulher somente como vítima, e sim como ser histórico,
sujeito e objeto dessas situações, trazendo à tona histórias de mulheres
comuns, suas vivências, experiências e lutas. Uma busca por contar outras
narrativas que vão para além da história hegemônica que impõe, em geral, a
perspectiva masculina, heteronormativa, adulta, branca, urbana. É pela força do
questionamento que acreditamos também no poder de um teatro voltado para
juventude e na cultura afro como disparadores éticos e estéticos.
Sala de
Espetáculos I. Duração: 95 minutos
Ingressos: R$ 20,00 (inteira); R$ 10,00
(aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e
servidor da escola pública com comprovante); R$ 6,00 (trabalhador do comércio
de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes).
Não recomendado para menores de 14 anos.
Sesc Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000
Belenzinho – São Paulo (SP
Telefone: (11) 2076-9700
Estacionamento
Para espetáculos com venda de ingressos:
R$ 11,00 (não matriculado);
R$ 5,50 (matriculado no SESC - trabalhador no comércio de bens, serviços e
turismo/ usuário).
Fonte: Canal Aberto Assessoria de Imprensa