Dia das Crianças!
Todos os dias são delas!
Por Dra. Fernanda Bombarda – CRM: 95033
Pneumologia Infantil
Pelo calendário nacional, dia 12 de outubro é comemorado o dia das crianças, porém, na verdade, podemos dizer que todos os dias são delas. Nós, como pais, adultos e profissionais que cuidamos dos pequenos e pequenas, temos de ter consciência sobre a nossa tarefa em “formá-los” cidadãos de bem, com senso crítico, autonomia para buscarem seus sonhos e, sobretudo, permitir que possam ser crianças em sua genuína infância. E olha que hoje não é fácil ser criança!
Diante de tantos estímulos tecnológicos, temos cada vez mais crianças sedentárias, introvertidas e ou que vivem relações “virtuais”, das quais muitas vezes representam apenas números. No texto de hoje não vou falar sobre doenças respiratórias, mas sobre a importância de reservarmos um tempo para, que junto de nossos filhos, sobrinhos ou crianças de afeto, possamos nos permitir brincar, rir, viver!
Até quando ocorre a infância:
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), uma pessoa é considerada criança do nascimento até os 12 anos incompletos. Em outras palavras, a infância é o estágio da vida do ser humano ao qual tem início em seu nascimento e segue até o início da adolescência, com desenvolvimento faixa-etário em diferentes momentos, incluindo perfil emocional, biológico e estrutural.
Estágios da infância:
Dentro do campo de estudos, existem nomenclaturas para diferenciar cada estágio da fase vivida pelas crianças, sendo conhecido como primeira, segunda e terceira infância.
Primeira Infância:
A Primeira Infância é considerada até os três anos completos da criança porque trata-se de um período de desenvolvimento intenso, tanto físico, biológico e emocional. Nesta fase é comum as crianças serem egocêntricas, egoístas e até mesmo fazerem as famosas “birras”. Vale dizer que é nesta fase que devemos utilizar todos os recursos (benéficos) à favor do desenvolvimento da capacidade cognitiva e social delas, pois o cérebro absorve muitas informações e oferta respostas rápidas e duradouras. Nesta faixa etária, também, começam a estabelecer sua base para o resto da vida, pois os estímulos recebidos, dentro e fora de casa, vão ser determinantes e surtir total efeito no decorrer dos próximos anos, seguindo-se até na fase adulta.
Segunda Infância:
A Segunda Infância ocorre a partir dos quatro anos de vida da criança e segue até os seis. Neste período, elas começam a entender o mundo com outro olhar e passam a querer explorar mais à sua volta. Possuem pequeno senso de responsabilidade e independência que as tornarão, futuramente, preparadas para o universo escolar. Passam a entender (um pouco melhor) que suas ações podem afetar outras pessoas ao seu entorno. Passam a criar laços com outras pessoas por meio de identificação de aspectos físicos e psicológicos (semelhanças), preferências, brincadeiras, afeto, etc.
Terceira Infância:
A Terceira Infância se dá a partir dos sete anos até os doze, quando a criança já se torna mais racional em suas crenças e pensamentos, procurando motivos e razões para responder as suas dúvidas. Começam a analisar o mundo com base em suas vivências e estímulos até então ofertados. Passam a conviver com outras pessoas e crianças da mesma idade devido, especialmente, a fase escolar e, com isso, começam o processo de comparação entre si e as demais, deixando de lado apenas o padrão familiar como seu modelo de comportamento. A partir dos 10 anos percebem a semelhança e gostos parecidos com o de outras crianças, estabelecendo grupos. Também, desejam ser reconhecidas com indivíduos e receber respeito de todos, especialmente dos adultos. A pré-adolescência acontece até os doze anos e nesta fase é importante dialogar e manter relações afetuosas com as crianças para que possam ter nos pais e familiares a busca por respostas, uma vez que neste período é comum sentirem-se desorientada, fora do aceite de novos grupos, rejeitadas e até mesmo depressivas. Como dizem, é o pré- início da “aborrecência”.
Desafios dos pais:
Diante de tantas mudanças, estímulos e tecnologia, hoje torna-se quase impossível criar um filho com total segurança, qualidade de vida – física e emocional. São tantas preocupações dos pais, além do fator de que precisamos trabalhar para garantir melhores oportunidades à eles que seria ótimo poder reviver a infância com eles a infância de três décadas atrás, quando a bola, boneca ou pipa (sem cerol) eram as brincadeiras mais divertidas.
Gosto de pensar que a infância pode transcender para a vida toda, pois crescer é inevitável, mas não necessariamente precisamos perder a nossa essência de felicidade, de amor e afeto para com os que nos ofertam a troca verdadeira. Os filhos chegam para mostrar, assim como no filme “O Pequeno Príncipe”, que podemos manter a essência e, ainda sim, sermos adultos felizes diante de um mundo competitivo.
Finalizo o meu texto com a música “Era Uma Vez”, da cantora Kell Smith, em que nos faz refletir sobre a vida, a infância e como podemos aproveitá-la mesmo depois de adultos ao lado de nossos filhos e filhas, tornando-nos seus heróis e fãs todos os dias!
Feliz dia das crianças e celebrem todos os dias!
Música:
Era uma vez
Era uma vez
O dia em que todo dia era bom
Delicioso gosto e o bom gosto das nuvens serem feitas de algodão
Dava pra ser herói no mesmo dia em que escolhia ser vilão
E acabava tudo em lanche
Um banho quente e talvez um arranhão
Era uma vez, era uma vez, era uma vez, era uma vez
O dia em que todo dia era bom
Era uma vez
é que a gente quer crescer
E quando cresce quer voltar do início
Porque um joelho ralado dói bem menos que um coração partido
é que a gente quer crescer
E quando cresce quer voltar do início
Porque um joelho ralado dói bem menos que um coração partido
Dá pra viver
Mesmo depois de descobrir que o mundo ficou normal
é só não permitir que a maldade do mundo te pareça normal
Pra não perder a magia de acreditar na felicidade real
E entender…
Consultório: Av. Nova Cantareira, 291, sala 84 – 8ª andar – Tucuruvi – SP
11-2631-6679 - drafernandabombardapneumo@gmail.com
Contribuição Textual: Jornalista Carina Gonçalves - MTB 48326
Contribuição Textual: Jornalista Carina Gonçalves - MTB 48326